"Dodô, o artilheiro dos gols bonitos." A frase virou bordão na TV Globo e em outros órgãos de imprensa, principalmente os cariocas. E parece ter ganho força depois que o Fluminense arrasou o frágil Arsenal da Argentina, por 6 a 0, no Maracanã, nesta quarta-feira.
É claro que não sou tão cri-cri a ponto de dizer que os gols de Dodô não valeram nada. Valeram. Mas em cada um deles, é possível ver a passividade dos marcadores e o espaço que o atacante do Fluminense teve para marcar.
Fazer gols bonitos não é garantia de sucesso. São exibições que ficam entre os amigos, para as conversas e bate-papo de botequim... mas, daqui há algum tempo, passarão em branco, se não resultarem em títulos - e eles não são freqüentes, na carreira de Dodô.
Se ele fizer um gol parecido com esses, contra o Boca Juniors, em Buenos Aires, pela mesma Libertadores, aí sim dou o braço a torcer. Até que isso aconteça, pra mim, ele continuará sendo o mesmo jogador que, apesar de uma ou outra atuação plástica, "some" nos momentos decisivos - como bem lembram os torcedores do Botafogo, do Santos, do São Paulo...
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